IBIÚNA – POVO SE QUEIXA DA “BAGUNÇA” PARA PEGAR ÔNIBUS NA RUA GUARANI
Vitrine online acompanhou na manhã de hoje (23) as vicissitudes da população ibiunense confinada em uma estreita calçada da rua Guarani, local para onde foram transferidos os pontos de ônibus que operavam no Terminal Rodoviário fechado neste fim de semana para reforma.
Sob sol escaldante, com temperatura de 31ºC por volta do meio dia, num cenário notoriamente desorganizado sobretudo com falta de informação, pessoas, muitas delas idosas, se mostravam caóticas diante da situação em que se encontravam.
As principais queixas se relacionavam ao grande desconforto provocado pelo sol forte, muito calor, falta de bancos e uma sensação geral de “bagunça”, como muitos coincidentemente se expressaram e também pelo fato de não saberem os lugares em que de parada de ônibus por bairros se localizavam.
Em improvisadas folhas de papel sulfite com os números 1,2,3 e 4 estavam coladas, uma na parede de uma loja ao lado do campo do Guarani e as demais nos postes, de pouca serventia para orientar os passageiros abrigados como podiam sob toldos de lojas.
Os fiscais não davam conta de responder às dúvidas das pessoas. Uma delas, por exemplo, esperava o ônibus para a Vargem do Salto perto do papel com número 1, quando o fiscal chegou explicou que ela deveria ir para três ou quatro postes atrás, senão ficaria ali sem saber se seu ônibus havia chegado ou não.
É verdade que foram armadas três tendas do lado de fora do Mercado Municipal, onde havia também alguns bancos, mas além de serem em número insuficiente estão longe dos locais de parada dos ônibus.
Um funcionário da empresa de ônibus explicou a vitrine online que a liberação dos carros estava normal, como vinha acontecendo no Terminal Rodoviário, mas o clima aqui ao longo da calçada da Rua Guarani mostrava uma cena de grande desconforto para as pessoas.

Três moradoras no bairro do Gabriel, Marta Dias Leite, Valquiria Ribeiro da Costa e Marlene Domingues Rosa, carregadas de sacolas, se queixavam do calor forte, tentando se manter na sombra de uma loja.
Irleide Porto, moradora no Lajeadinho, disse: “Estou sentindo isso aqui horrível”, enquanto buscava saber em que ponto chegaria o seu ônibus. Jonas José de Campus, do Murundu, igualmente reclamava do sol forte e do calor. A estudante de biologia Rafaela Silveira, da Vargem do Salto, declarou que sentia estar no meio de “uma bagunça” e que as pessoas se mostravam muito desorientadas.
ASFALTO E VEREADORES
Um fiscal da empresa de ônibus chamou a atenção para o fato de o asfalto estar afundando em diversos lugares exatamente onde os carros estacionam para pegar os passageiros, o que era bem visível.
Um comerciante do local fez questão de perguntar: “Onde estão os vereadores da cidade, que devem defender o povo, numa hora dessas?” Acrescentou que nenhum deles “havia aparecido por ali, para verificar em que condições estão as pessoas que dependem dos ônibus”.
TÁXIS
Os táxis que tinham ponto na Rodoviária agora funcionam na Avenida Vereador Benedito de Campos, onde se encontra o Mercado Municipal. Parte deles está ocupando o estacionamento que servia ao mercado.
No interior do mercado a situação era tranquila com pouco movimento e a maior parte das lojas transferidas da Rodoviária ainda estava se instalando.
TEMOR
Algumas das pessoas entrevistadas revelaram o temor quanto ao trânsito de veículos, no mesmo sentido de direção, na outra faixa da rua Guarani, que podem atropelar passageiros que saem dos ônibus e atravessam a rua em direção à outra calçada. Sobretudo crianças ou pessoas com mais idade portadoras de algum tipo de limitação. Fica aqui a dica para as autoridades do trânsito avaliarem essa questão.