IBIÚNA ELEIÇÕES 2024 – FUTURO PREFEITO DEVERÁ RESTAURAR A DIGNIDADE DA FUNÇÃO

 [Vitrine online, visando a contribuir com o processo eleitoral deste ano no município de Ibiúna, iniciou a publicação de uma série de matérias em prol do voto popular livre e consciente. Voto consciente é aquele que o eleitor decide por si mesmo.]

Os cinco cavalheiros que figuram nessa foto são os pré-candidatos a prefeito de Ibiúna nas eleições de 6 de outubro próximo.

Aparentemente, não deverá haver surpresas com um novo nome, já que o suspense da possível inserção do ex-prefeito Fábio Bello, que foi exonerado a pedido da Prefeitura, se desfez com a rejeição do seu pedido de revisão de sua condenação com base na Lei da Ficha Limpa apresentado ao Superior Tribunal de Justiça.

Sondagens feitas por vitrine online e TVUNA revelaram que há leitores, e não são poucos, que ignoram quem sejam os candidatos. Então, aí vai uma brevíssima apresentação pela ordem em que aparecem na foto acima, da esquerda para a direita: Ten. Adilson  (UB), Alle Zanatta (PT), Mário Pires (Republicanos), Paulo Sasaki (PL), Renan Godinho (Podemos).

QUESTÃO DE DIGNIDADE

Para um observador atento às manifestações populares nas redes sociais, e isso não é novidade, tanto a imagem pública do chefe do Executivo quanto dos parlamentares ibiunenses sofreram um desgaste avassalador ao longo das últimas décadas.

Não é nosso propósito aqui reproduzir as manifestações de notável escárnio de desaprovação da conduta desses políticos. O atual prefeito chegou a fazer ameaças e a “condenar” milhares de “fake news” contra o seu governo, que seriam ataques orquestrados por grupos políticos adversários.

Há um fato óbvio de essas autoridades e seus mais ardorosos aliados quererem tapar o sol com a peneira. Como não conseguem administrar um relacionamento popular transparente, tende a condenar tudo como obra de inimigos demoníacos, o que não deixa de ser um exagero.

Nunca uma administração municipal investiu tanto em autopromoção no sentido de mão única sobre corações e mentes da população, como se o povo simplesmente fosse incapaz de testemunhar com seus próprios sentidos a situação real do município, seja na saúde pública, educação, segurança, estradas, degradação do meio ambiente, iluminação pública, geração de empregos, etc.

Se o governo anterior foi considerado um “desastre administrativo” em Ibiúna, já se podia imaginar que qualquer que fosse o próximo governo haveria alguma melhoria, como de fato se constata, mas há uma distância quilométrica em se autoproclamar um governo que “avançou” a cidade para o “futuro”.

Então, e em suma, o futuro prefeito de Ibiúna, além das propostas tradicionalmente apresentadas à sociedade, deverá investir uma energia ética da maior relevância política: restaurar a dignidade perdida. Somente assim, poderá haver esperança em um governo verdadeiramente “novo”.

Para que não haja dúvida é oportuno assinalar que dignidade é uma qualidade moral que infunde respeito, é a consciência do próprio valor, é comportamento da autoridade que honra os votos recebidos com independência e autonomia, ainda que ouça todos à sua volta, mas que não se deixe conduzir por influências nefastas, na forma de obediências a comandos e mandamentos de terceiros.

IMPORTANTE SABER

Nas eleições do próximo dia 6 de outubro, daqui a menos de 100 dias, estarão aptos a votar no município de Ibiúna um total de 61.519 eleitores. 65,26% na área urbana (= 40.147) e 34,74% na área rural (=21.372).

CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS

As convenções partidárias que irão confirmar os candidatos a prefeito, vice e vereadores se iniciam no dia 20.7, próximo sábado, e se estenderão até o dia 5.8

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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